Da revolução russa: ao companheiro Gilvan Rocha!

Em primeiro lugar, eu, Gílber Martins Duarte, enquanto militante socialista livre do coletivo CSL-CAEP, gostaria de ressaltar que o diferencial de nosso coletivo é que, diferente da esquerda monolítica, garantimos, em nossa imprensa, o livre e público debate de todas as questões relevantes que envolvem a dura luta da classe trabalhadora no intuito de construir o Socialismo Livre Mundial.

Nesse sentido, gostaria aqui de travar uma fraterna polêmica com o companheiro Gilvan Rocha, a respeito de seu texto “Da revolução russa”, também publicada nesse BLOG, http://www.socialistalivre.wordpress.com, que, a meu ver, enquanto CORRETAMENTE condena o stalinismo que impôs o FIM DO LIVRE DEBATE no processo da Revolução Russa, por outro lado, simplifica a discussão, querendo escapar dessa terrível política stalinista, argumentando que o erro dos bolcheviques foi ter seguido em frente. A tese do companheiro parte de um postulado idealista de que os bolcheviques, ao insistirem na revolução, atropelaram as LEIS DA HISTÓRIA.

Então vamos por partes. O companheiro Gilvan Rocha tem uma tese idealista da HISTÓRIA. Acredita que a HISTÓRIA tem leis, fabricadas sabe-se lá em qual parte do cérebro de Deus. Essa tese é um equívoco. Marx estava correto quando, na primeira frase do Manifesto Comunista dizia: “A história das sociedades existentes é a história da luta de classes”. Althusser, teórico marxista francês, traduziu brilhantemente esse conceito de Marx dizendo, a história se faz no embate entre “a reprodução/transformação das relações de produção”. Portanto, a história não conhece leis idealistas, o que existe, no atual modo de produção capitalista, e, em qualquer outro modo de produção anterior, é um embate encarniçado entre as classes sociais, cujo pano de fundo é a “reprodução/transformação das relações de produção”.

Quando ocorreu a Revolução Francesa, que permitiu a vitória do modo capitalista de produção sobre o modo feudal de produção, as classes sociais travaram luta em torno dessa prática concreta: reproduzir o modo de produção feudal atrasado, exaurido, esgotado, ou transformá-lo em outro modo de produção, em escala mundial? Foi aí que surgiu o otimismo temporário da glória “eterna” do capitalismo. Lembrando, inclusive, que na época imaginava-se um Planeta sem limites, capaz de gerar riquezas em abundância para todos. As colonizações dos sertões e dos aborígenes estavam em franca marcha.

E aqui é onde devemos situar a análise da Revolução Russa. Os revolucionários russos, cientes inclusive da experiência da Comuna de Paris, munidos, portanto, da compreensão teórico-marxista de que o capitalismo, enquanto modo de produção, era um modo de produção elitista-explorador, beneficiando apenas aos detentores do capital, digladiaram, na Rússia, contra um modo de produção feudal que se sustentava por um governo czarista policial. Portanto, no embate da luta “reprodução/transformação das relações de produção”, não temos um DEUS HISTÓRICO determinando que primeiro o feudalismo deve virar capitalismo e só depois virar socialismo, como acreditava Rosa Luxemburgo. Se na Revolução Francesa, o feudalismo se transformou em capitalismo, isso se deu ao fato de a burguesia política ter tomado a liderança do processo revolucionário na luta de classes, enquanto a classe trabalhadora julgava quase natural seus milhares de anos na condição de escravidão e de servilismo. Os revolucionários russos acumularam força social para não precisar gerar uma burguesia capitalista naquele país. Era, portanto, legítimo o projeto de fazer a revolução socialista na Rússia.

No terreno da economia, o desafio dos revolucionários russos era transformar o modo de produção feudal em um modo de produção estatal-socialista. No terreno da política, o desafio dos revolucionários russos deveria ser transformar um Estado Policial Czarista em um Estado Socialista Livre. Não houve, portanto, atropelo das Leis da História, na Rússia, como acredita o companheiro Gilvan Rocha, ao contrário, o que houve na Rússia foi o mais TRADICIONAL dos embates históricos, ou seja, uma ferrenha luta de classes, em que se disputava a reprodução das relações de produção (feudalismo) versus a transformação das relações de produção (socialismo).

Quem saiu vitorioso? Quem saiu derrotado? No plano econômico, os revolucionários russos conseguiram transformar as relações feudais em relações de produção estatal. Isso é inegável. Não é a toa que Rússia, depois da revolução de 1917, deixou de ser economicamente um submundo feudal e se transformou em uma potência econômica mundial. E lá houve tanto sangue como houve na Revolução Francesa, porque os defensores do antigo modo de produção se voltaram enfurecidos contra a classe revolucionária russa. Do mesmo modo que a igreja, os senhores feudais, a monarquia ficou enfurecida com a política da burguesia na Revolução Francesa. Ou alguém acha que a Revolução Francesa, que gerou o sistema republicano capitalista burguês foi feita com flores. A guilhotina e as cabeças rolando foi a base do “nosso atual santificado e tão glorificado” Estado Burguês.

Então, se a Rússia deu um salto nas relações econômicas, é um erro idealista do companheiro Gilvan Rocha dizer que a classe revolucionária russa atropelou as Leis da História, ao contrário, foram fiéis ao embate MATERIALISTA HISTÓRICO E DIALÉTICO. E com base nesse embate de forças históricas, classes sociais em luta, derrotaram o sistema feudal, criando um modo de produção baseado no sistema de empresas estatais.

Onde os russos foram derrotados? Foram derrotados na política. Ou seja, não conseguiram transformar o Estado Policial Czarista opressor em um Estado Socialista Livre. Na verdade, trocaram seis por meia dúzia, no quesito da política. Por quê? Porque saíram de um Estado Policial Czarista e inauguraram um Estado Policial Bolchevique tão opressor quanto o Estado anterior. Em outros termos, transformaram as relações de produção, mas não transformaram as relações políticas. Nesse sentido, concordamos com Trótsky, em sua tese de revolução permanente, desde que detectemos quais são os pontos nevrálgicos que exigem novas revoluções permanentes. A revolução política falhou na Rússia e todos os revolucionários russos tiveram responsabilidade nessa derrota, inclusive Lênin e Leon Trótsky, porque, em dado momento, apoiaram a Tese de TODO PODER ao CC, argumentando que estavam em guerra, cerceando o livre debate político partidário. Stalin aproveitou-se dessa quebra de princípios, concedida por Lênin e Tróstky, para instituir a posterior burocratização definitiva do PC Russo. Óbvio, para um burocrata, livre discussão política, de modo público, significa fim dos privilégios políticos de alguns iluminados, e a casta dirigente do recém Estado Russo passou a ter seus privilégios políticos e materiais, diferente da classe trabalhadora que ralava-suava nas empresas estatais, sem direito à liberdade de imprensa, sem direito à liberdade de crítica, sem direito à liberdade de expressão pública.

Nesse sentido, portanto, erra o companheiro Gilvan Rocha quando tenta escapar da luta de classes, colocando a derrota da revolução russa simplesmente em uma derrota da revolução mundial. Na verdade, a revolução socialista mundial desde sempre esteve derrotada, enquanto não formarmos uma Esquerda Socialista Mundial Livre e Democrática, capaz de transformar as relações de produção capitalistas em relações de produção socialistas e capaz de transformar o Estado Policial Burguês em Estado Socialista Livre Democrático.

Não é o recuo que salvaria a Revolução Russa. O capitalismo não é uma LEI HISTÓRICA DIVINA, tendo a Rússia de passar primeiro pelo capitalismo, para depois virar socialismo. Lembrando ao companheiro que o capitalismo se baseia na exploração do trabalhador por uma classe individualista, os patrões. Logo, o modo de produção capitalista não é uma etapa necessária para o processo histórico. Nem um país, por lei histórica, precisa de passar por um modo de produção que tenha exploradores individuais, os capitalistas, para depois chegar ao SOCIALISMO LIVRE. A lógica do capitalismo é a exploração de mais-valia e exclusão social. Isso não é uma lei necessária e natural porque a humanidade precisa de passar. Sugiro aqui que o companheiro Gilvan Rocha e outros companheiros, obviamente, leiam nossa Tese de Doutorado, “Na Arena da Luta de Classes – a mais-valia – sob o crivo da Análise do Discurso”, publicada aqui nesse BLOG, no link

https://socialistalivre.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/12/na-arena-da-luta-de-classes-a-mais-valia-sob-o-crivo-da-anc3a1lise-do-discurso.pdf,

trabalho em que discutimos como é ideológico e burguês a concepção de que a mais-valia é algo natural, legítimo, necessário, inevitável, eterno. Não existe, portanto, destino na HISTÓRIA, colocando o modo de produção capitalista como um modo de produção necessário e natural. Esse erro os revolucionários russos não cometeram.

Quais foram os erros dos revolucionários russos? Não serem Socialistas Livres. Quando impuseram o fim da liberdade de imprensa, quando impuseram o fim da liberdade partidária, quando impuseram o fim da liberdade de expressão, quando impuseram TODO PODER AO COMITÊ CENTRAL do Partido Comunista, quando impuseram o ultracentralismo, aí sim, esses desvios teórico-políticos derrotaram toda e qualquer possibilidade de substituir o Estado Czarista Policial pelo Estado Socialista Livre. É esse histórico que não devemos cometer, se quisermos evitar novos stalinismos no mundo. Evitar a luta revolucionária, porque construir o Estado Socialista Livre é difícil, esse erro não podemos cometer. É a esse desvio político que a tese do companheiro Gilvan Rocha pode levar: cairmos em uma eternização das relações de produção capitalistas de produção, mesmo fazendo um discurso socialista e anticapitalista na teoria. Em outras palavras, diante das dificuldades de criar o Estado Socialista Livre Mundial, nós não teríamos outra saída senão ETERNAMENTE RECUAR.

Por: Por: Gílber Martins Duarte – Militante Socialista Livre do CSL/CAEP – Sind-UTE/Uberlândia/MG – Doutor em Análise do Discurso/UFU – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Membro MEOB – CSP-CONLUTAS.

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Esse Blog está a serviço da Luta pelo Socialismo. Defendemos a plena liberdade do ser humano, mas somos radicalmente contra a liberdade de explorar, como a burguesia faz, e contra a liberdade de oprimir como os machistas fazem, os racistas fazem, os homofóbicos fazem, os praticantes de bullying fazem, os preconceituosos fazem, os possessivos fazem e os autoritários de plantão fazem. Assim, defendemos que cada corpo-consciência deve ter liberdade de ser o que ESCOLHE SER, desde que esta liberdade não oprima e explore os outros! Defendemos a plena liberdade de postura crítica e a plena democracia operária, todos devem ter o direito de expressar o que pensam! Defendemos a Revolução Socialista e a necessidade de libertação da classe trabalhadora do jugo do capitalismo. No entanto,somos contra comandos de hierarquias políticas ou de figuras públicas mais poderosas no seio dos lutadores que travam a batalha pelo socialismo. Defendemos que cada militante deve ousar pensar por si mesmo, cada militante deve ter o direito de concordar, mas também de discordar daquilo que julga equivocado, por isso nos definimos como Socialistas Livres e esse Blog está a serviço dos que desejam militar de acordo com essa concepção. Convidamos a todos a conhecerem nosso jeito diferente de entender e de praticar a política socialista, com liberdade, democracia operária, direito de crítica e respeito ao diferente. Saudações Socialistas Livres.
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22 respostas para Da revolução russa: ao companheiro Gilvan Rocha!

  1. Frederico Baggio disse:

    Meu Deus! Quanta merda!
    Esse Gílber se alimenta pelo anus e defeca pela boca. Defende uma visão de mundo totalmente oposta às liberdades individuais. Não passa de um coletivista. É antilibertário de carteirinha, além de lunático.

  2. Para acabar com a teoria marxista basta refutar a teoria do valor do trabalho de Marx que tudo cai como um castelo de cartas em que você retira a base e o resto vem a baixo natural e logicamente.Marxismo é a maior falácia histórica e intelectual da humanidade.

    No Brasil, o maior estudioso de Gramsci (no sentido contra revolucionário, claro) era o general Coutinho, falecido em dezembro de 2011.

    Ele tem publicado um livro famoso, denominado A Revolução Gramscista do Ocidente.

    Há algum tempo eu ainda no orkut tive um debate com alguns colegas do grupo sobre a questão do aborto, sendo que a maioria era entusiasta da ideia, achando que lutando por isso estavam defendendo a liberdade. Não se enganem, defender o aborto é fazer o jogo dos socialistas.

    Conhecer a obra de Gramsci é fundamental pra entender o que está ocorrendo no Brasil e no mundo e saber para onde podemos chegar.

    O Italiano afirmava que o comunismo só funcionaria se conquistasse antes de tudo a mente das pessoas. Por isso a luta do PT e partidos socialistas para acabar com a mentalidade cristã da sociedade.

    Aborto, casamento gay, adoção de crianças por casais gays, eutanásia, e todas essas coisas, não são defendidas porque eles se importam com as pessoas, mas unicamente usam isso como meio pra chegar ao fim deles.

    Marx é fichinha perto Gramsci, pois é muita teoria e pouca prática. O Italiano Gramsci é diferente. Pouca teoria, muita prática, e pior, eficaz.

  3. Julio Cesar Moura disse:

    Prezado Gílber, o senhor está bem? Essa sua gritaria é completamente desconexa. Poderia o senhor fazer a gentileza de elencar os “erros históricos e de deturpação da realidade”?

  4. Julio Cesar Moura disse:

    Amigos que amanhã participarão da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, não esqueçam de levar sacos plásticos para recolher eventuais sobras de cartolinas dos cartazes a serem feitos no local de encontro, embalagens de produtos e/ou salgadinhos, garrafas de água vazias, copos plásticos, enfim, qualquer material que tenhamos usado.

    Não esqueçam também, que cores como vermelho e preto nas roupas, não são adequadas, por motivos óbvios: vermelho porque significa justamente a cor do mal contra o qual estamos lutando e preto porque lembra luto e nossa nação não está de luto, ao contrário: está em festa. Festa de comemoração dos 50 anos da contrarrevolução, aquela que no passado nos livrou de terroristas como dilma rousseff, genoino, dirceu, lamarca, prestes, aloysio nunes, franklim martins e tantos outros.

    Levem filmadoras e máquinas fotográficas.

    Obedeçam ao comando dos Policiais Militares, do Batalhão de Choque e da ROCAM (policiais com motocicletas), que estarão conosco durante TODO O TEMPO, nos dando garantia e segurança, resguardando nosso direito de manifestação.

    Lembrem-se: o que nos diferencia dos Black Blocs, MPL, MST e dos ZUMBIS em geral, é justamente o fato de sermos civilizados e obedientes às leis.

  5. Questões Relevantes disse:

    Já li alguns textos do Gilvan Rocha e concluí que ele já não é de esquerda, só não sabe disso. Já o Gílber Martins Duarte parece ser bem de esquerda, mas de uma forma toda particular. Acredito que seria interessante que eles lesse e deixassem lá no blog comentários sobre este artigo: http://questoesrelevantes.wordpress.com/2013/12/12/esquerda-x-direita-a-teoria-das-gavetas-ou-como-nao-chamar-urubu-de-meu-loro/

    • Li seu artigo e ouso emitir a seguinte opinião, Paulo Falcão, Esquerda x Direita, mesmo sendo colocadas nas cinco gavetas que você propõe, ainda não toca na questão de fundo. E a questão de fundo, em um mundo dividido em classes sociais, é: o programa de governo reproduz as relações de produção ou transforma-revoluciona as relações de produção. Nós, socialistas livres, obviamente lutamos pela transformação das relações de produção, garantindo plena liberdade ao ser social, extinguindo-se, contudo, a liberdade de explorar e a liberdade de oprimir, própria do capitalismo-burguês e do “socialismo” stalinista.

      • Aldegunda Carames More disse:

        A questão de fundo na verdade, os governos socialistas, na prática, foram “conservadores”.

        Homossexuais foram perseguidos, por serem considerados um produto do imperialismo; os deficientes e incapazes foram desprezados (inclusive Marx pregou a eliminação deles), pois eram considerados um estorvo para o “povo”. A família tradicional era incentivada, e o Capitalismo era visto como “destruídor” da família e dos valores.

        Esse negócio de Socialismo defensor da igualdade e direitos das minorias e contra família tradicional é balela. Somente um enfeite dos socialismo moderno para esconder as atrocidades cometidas…

      • Questões Relevantes disse:

        Estas palavras plenas de boas intensões podem funcionar como uma oração, como desejo, mas como ciência política é inútil. Vocês não apontam uma única inconsistência do texto e nem explicam como se dará esta mágica unificação de desejos da humanidade. Lembra um pouco o estereótipo da entrevista de Miss em concursos de beleza, que sempre dizem desejar a paz mundial. Os dois conceitos estão na mesma categoria de pensamento.

      • Você não contra-argumentou, Paulo Falcão. Claro que você tem o direito de não concordar com a transformação-revolução das relações de produção. E aí, tem gente na gaveta da extrema-esquerda e da esquerda que ajuda indiretamente a reproduzir as relações de produção capitalistas, vide os stalinistas, vide os ultra-esquerdistas, vide os Black Blocs (com seus métodos que afugentam as massas trabalhadoras do movimento de transformação da sociedade). Tem gente na gaveta do centro, o PT, que ajuda a reproduzir as relações de produção capitalistas, já que não se dispõe a enfrentar o capitalismo. Tem gente na gaveta da direita, PSDB-DEM, cujo projeto de vida é reproduzir as relações de produção. E tem gente nazi-fascista na gaveta da extrema-direita, cujo objetivo máximo de seus sonhos doentios, é reproduzir as relações de produção exploradoras-opressoras capitalistas. Obviamente que tocar na questão de fundo incomoda à ciência política idealista. Claro, para a ciência política idealista, cujo objetivo é servir à ideologia burguesa, reproduzindo as relações de produção, não importa em que gaveta esteja sua POLÍTICA, nossa fala incomoda mesmo muito. De que lado você samba, Paulo Falcão? Do lado da reprodução das relações de produção capitalistas? Ou do lado da transformação-revolução das relações de produção capitalistas? Se eu e você vivêssemos na época do feudalismo, eu dirigia-lhes a seguintes perguntas: De que lado você samba, Paulo Falcão? Do lado da reprodução das relações de produção feudais? Ou do lado da transformação-revolução das relações de produção feudais?

      • Questões Relevantes disse:

        Gílber, vamos por partes.
        Primeiro você diz que eu não contra argumentei, sendo que estamos falando de um longo artigo pleno de argumentos. Seu comentário anterior não continha nenhuma substância técnica ou teórica, nem apresentava questionamentos. Era, como disse, no máximo uma forma de oração por um mundo melhor.
        Agora você enumera alguns fatos que também não contradizem o artigo e termina com uma “desafiadora” questão: “Obviamente que tocar na questão de fundo incomoda à ciência política idealista. Claro, para a ciência política idealista, cujo objetivo é servir à ideologia burguesa, reproduzindo as relações de produção, não importa em que gaveta esteja sua POLÍTICA, nossa fala incomoda mesmo muito. De que lado você samba, Paulo Falcão? Do lado da reprodução das relações de produção capitalistas? Ou do lado da transformação-revolução das relações de produção capitalistas? “
        A resposta é simples: sambo no bloco da democracia, também conhecida como democracia liberal. Ao contrário de você que criou uma tese metafísica e utópica para chamar de sua (que não consegue explicar em termos práticos), abraço a experiência acumulada de mais de um século que produziu os maiores avanços em termos de geração de riqueza e bem-estar social. Como você refuta a produção de conhecimento alheia em prol de sua própria tese do socialismo livre, é provável que despreze também o aclamado (inclusive pela esquerda) “Dicionário de Política” de Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, que citei no artigo, e diz ser a Democracia Liberal a única que reconhece e garante alguns direitos fundamentais, como são os direitos de liberdade de pensamento, de religião, de imprensa, de reunião, etc.
        Em outro artigo, analiso detidamente o verbete DEMOCRACIA deste dicionário. Acredito que possa ser útil para você entender melhor o pântano em que está afundando: http://questoesrelevantes.wordpress.com/2014/03/12/quando-a-patrulha-ideologica-compromete-a-logica/

      • Professor Paulo Ricardo disse:

        Gílber faltou você falar qual a sua gaveta. Muito estranho para os que tanto dizem defender a democracia e defendem um regime de um só partido, prega a separação de classes.Democracia e liberdade, palavras que de tão usada por você, perdeu o sentido. Quer dizer liberdade, mas diz democracia. Não é a mesma coisa. Democracia é democracia, liberdade é liberdade. Uma democracia não é, necessariamente, um sistema livre. É tão somente um sistema político onde pessoas são eleitas para representar cidadãos em suas demandas. Pra mim, uma balela, mas é isso. Não se impede pulhas de se elegerem, aliás é quase inevitável que ocorra. Vivemos em uma democracia, mas se eu morar em uma casa tombada pelo patrimônio histórico, este câncer encravado em nosso meio, não posso sequer mudar a cor das paredes de minha casa nem instalar um ar-condicionado sem pedir a bênção do burocrata. O que seria liberdade, porém não tenho. Sou dono mas não domino, então não sou dono. Sou um caseiro a serviço do governo, que decidiu por seus burocratas bem remunerados, que minha casa não pode ser derrubada, vendida, reformada, qualquer coisa. Democracia é democracia, liberdade é liberdade. Portanto sua gaveta é da mentira, das contradições, das artimanhas…..

      • Nikolaievitch Smirnov Sokolov Morozov Popov disse:

        A gaveta do Gílber é um socialismo utópico. É um tipo de socialismo, que de acordo com Karl Marx e Engels, idealiza uma sociedade igualitária sem traçar uma estratégia para alcança-la, contando apenas com a boa vontade das pessoas (inclusive da burguesia).Portanto é utópico e nada tem que argumentar com esse jumento desprovido de neurônios.

      • Nikolaievitch Smirnov Sokolov Morozov Popov disse:

        Hoje é o primeiro dia do início da redemocratização brasileira.
        Com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, estamos iniciando o futuro verde, amarelo, azul e branco dos nossos filhos e netos, já que o nosso está lamentavelmente destruído em mãos vermelho sangue.

      • Rodolfo Aurich Balzer disse:

        A gaveta do socialismo livre, é a gaveta mortuária. Já nasceu morto, juntamente com seus idealizadores e militantes. Todos rumo ao inferno com o capeta Marx.

      • Nikolaievitch Smirnov Sokolov Morozov Popov disse:

        “Nós, socialistas livres, obviamente lutamos pela transformação das relações de produção, garantindo plena liberdade ao ser social, extinguindo-se, contudo, a liberdade de explorar e a liberdade de oprimir, própria do capitalismo-burguês e do “socialismo” stalinista.”
        MOTHER OF GOD

        eh rir pra não chorar dessas Gílbervetes….kkkkkkkkkkkk….

      • Roberto Barricelli disse:

        Paulo, com esse seu comentário, o Gílber se tiver pelo menos um neurônio, jamais vai escrever tanta besteira, como tem escrito. Mas esperar o que desse cidadão, é vergonhoso ele falar com toda essa propriedade sobre direita e esquerda sem nem ao menos saber a origem ou significado dos termos… vá se informar antes de escrever bobagem.
        O Gílber não é levado a serio por ninguém que tenha conhecimentos acadêmicos fortes e embasados do que seja liberalismo e até mesmo conservadorismo, é apenas um professor neocon que no Brasil é tido como pensador, mas que nos EUA provavelmente deve ter leitores de seu blog e ser reconhecido apenas em uma paroquia no interior da Virginia. Sua fala cheia de asneiras de um senso comun analfabetizado, anti-cientifico, e anti-intelectualizado.

      • Beatriz disse:

        Pelo comentário do Gílber, Ele não deve ter lido duas linhas do Paulo, não há nem o que comentar porque ele atacou um espantalho. Cuidado Gílber com esse seu ódio revolucionário pelos conservadores.

      • O séquito Socialistas Livres como sempre adoram citar o “seu professor MARX” sem nem menos dizer onde reside a genialidade desse pseudo-filósofo, que é o inferno.

        Estou esperando ainda criticas que mostre que os Socialistas Livres tenham realmente algum valor, porque para mim e como a maioria das pessoas que estudam filosofia política e economia a sério é apenas uns fetichistas sensacionalistas.

        O número de perolas que eles dizem em seus comentários é tanto que não vale nem estender e citar aqui.

        O Socialismo Livre é contra todas as bases de um pensamento cientifico matematizado e quantificado, que hoje é a pedra de toque de toda ciência econômica.

        A mediocridade filosófica quando é jogado ás massas pela esquerda marxista só gera aberrações e analfabetos funcionais mesmo.

      • Professora Bernadina disse:

        Os idiotas, como o professor Gílber, que passam a vida numa faculdade, fazendo tese de doutorado e mestrado sobre o sexo dos anjos e a linguagem das baratas, esses são os respeitados no meio acadêmico marxista.

  6. Julio Cesar Moura disse:

    Uma sugestão para quem vai participar da Marcha da Família com Deus pela Liberdade hoje: em uma fita crepe, escrevam o nome pelo qual são conhecidos nas redes sociais e colem na roupa. Isso facilitará o reconhecimento pelos próprios amigos e também, ajudará a mostrar que nada temos a esconder, bem ao contrário dos mascarados vândalos do PSTU,PSOL,PT,CSL-CAEP e outras denominações marxistas.
    O tempo está ruim, promete chuva, mas que isso não seja motivo para os patriotas permanecerem em suas poltronas. Que se levantem, peguem o guarda-chuva e se desloquem para a Marcha.
    Patriotas, não abandonem seus amigos, que estão lutando por um futuro sem comunismo, o qual favorecerá você e os seus também.
    Não recuem agora. Façam parte da história que mudará o nosso país.
    O patriota tem fibra de herói, não é um torrão de açúcar.

  7. Julio Cesar Moura disse:

    Na época em que eu era Gílbervete, eu achava que o Gílber era o único sujeito que havia estudado essas coisas. Cada dia que passa eu vejo que ele é bem menos original que eu pensava. Acho que o faniquito dele em relação ao Ron Paul (mais um agente russo!!)decorre do fato de que com o sucesso do Mises Brasil ele percebeu que não vai conseguir continuar ludibriando e manipulando as Gílbervetes-zumbis-sem-personalidade por muito mais tempo. Afinal, o Mises Brasil vem promovendo artigos e pensadores que não só oferecem análises mais acuradas e estratégias mais eficazes no combate à esquerdização do Brasil, como oferece isso tudo sem os graves riscos do Gílber: a saber, o risco de se tornar um raivoso paranóico e de se tornar um herege, no caso do sujeito se considerar cristão. O Gílber é um sujeito que acredita em unidade transcendental das religiões, que a astrologia é uma ciência mais digna de confiança que a economia austríaca, que o islamismo emana de Deus, e que só o pensamento islâmico perenialista pode salvar o ocidente dos erros da filosofia moderna. Ou seja, o sujeito quer salvar o ocidente da imigração islâmica mas ao mesmo tempo islamizar o pensamento ocidental. E o que não falta é um monte de amebas falantes que se dizem cristãos e que seguem esse sujeito cegamente!

    Para o cristão sério e preocupado com a esquerdização do Brasil é muito mais negócio estar em companhia dessas figuras extraordinárias do Mises Brasil do que do Gílber, que não só é um delirante mas, se você for cristão, uma influência espiritual perigosa.

    Escutando hoje o podcast do Fernando Chiocca não pude deixar de pensar que, embora seja o Gílber a pessoa a alardear aos quatro ventos ser um pensador da realidade, é o Chiocca que está verdadeiramente analisando a realidade. Perto do Fernando Chiocca o Gílber não passa de um fetichista, de um fantasiador. Para não dizer um embusteiro e manipulador.

    Vida longa ao Mises Brasil!

  8. Padre Miguel Fernandez Cunha disse:

    Vários papas já condenaram o socialismo como heresia. O cristão não deve se meter nesse negócio de socialismo/comunismo. Deixe isso para os ateus, órfãos do comunismo, que procuram uma nova ideologia que julgam ser capaz de destruir a moral cristã, a qual consideram opressiva à suas condutas libertinas.

    Lembrando que, em qualquer parte do mundo (exceto em nosso amado Brasil) e em qualquer livro de ciência política, o socialismo é considerado uma ideologia de esquerda, aliada histórica do comunismo.

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