Disse a Secretária Estadual da Educação Ana Lúcia Gazola, em relação ao indicativo de greve do Sind-UTE / MG, para o dia 05 de junho: “Quero ver vocês mobilizarem a categoria!”.
Bom, Senhora Secretária, fácil é hostilizar e ironizar educadores lutadores; fácil é desvirtuar a Lei do Piso; fácil é destruir o plano de carreira dos trabalhadores em educação; fácil é tirar a Educação Física e o Ensino Religioso das crianças mineiras; fácil é congelar o salário dos trabalhadores em educação até 2016; fácil é demorar oito anos para promover trabalhadores em educação por escolaridade; fácil é deixar milhares de trabalhadores da lei 100 no limbo da insegurança empregatícia; fácil é não dar posse a todos os concursados em todos os cargos; fácil é não ter uma política pedagógica, de lazer e de cultura para resolver casos de violência escolar; fácil é não cumprir a lei que institui 1/3 da jornada para atividades extraclasse; fácil é escravizar professores regentes, obrigando-os a trabalhar 30 horas; fácil é não contratar substitutos para Secretários e Auxiliares de Serviços Gerais em caso de licenças; fácil é cortar ponto de trabalhadores em educação lutadores que entram em greve; fácil é substituir grevistas nas escolas como a Senhora e seu Governo fizeram em 2011; fácil é cobrar multas altíssimas do Sind-UTE / MG quando este MOBILIZA A CATEGORIA; fácil é pagar propagandas altíssimas na mídia para dizer que em Minas Gerais está tudo bem com a educação; fácil é fazer vistas grossas para assédios morais contra trabalhadores da educação no interior das escolas; fácil é dar isenção de impostos para as grandes empresas mineiras ao invés de trazer esse dinheiro para melhorar a escola pública; fácil é conceder 28 centavos de merenda escolar para um aluno se alimentar com qualidade; fácil é pagar R$1.380,00 de salário para professores e pouquíssimo mais de salário mínimo para auxiliares de serviços gerais e para secretários de escola; fácil é gastar enormes quantias com a copa do mundo, deixando as próprias crianças mineiras sem Educação Física; fácil é ter prédios escolares depredados ou destruídos, esperando anos por reformas; fácil é mandar cumprir ordens esdrúxulas contra a vontade dos educadores, simplesmente porque se está no comando do Poder Governamental. Concordamos com a Senhora, tudo isso que a Senhora ajuda o Governo Anastasia impor como realidade para a Escola Pública de Minas Gerais é realmente MUITO FÁCIL.
Mobilizar a categoria para lutar contra tudo isso que FACILMENTE a Senhora e seu Governo executam REALMENTE É MUITO MAIS DIFÍCIL. É muito DIFÍCIL ter de lutar anos a fio para exigir valorização para a escola pública, indo, inclusive, para o sacrifício da greve, em que, conforme sabemos, estudantes ficam sem aulas e trabalhadores em educação ficam com pontos cortados e ameaças constantes sobre suas mentes, enquanto a Senhora e seu Governo assistem tudo passivamente, rindo ironicamente da destruição completa da escola pública, como, a propósito, a Senhora fez nesse seu lamentável comentário em relação aos lutadores do Sind-UTE – MG, ao invés de ser, como Secretária da Educação, a primeira interessada em valorizar os profissionais da educação e consequentemente os estudantes que necessitam desse serviço tão essencial para uma sociedade justa, civilizada, criativa, cultural e cientificamente avançada e feliz. Ao invés de ironizar nossas reivindicações, não seria muito mais elegante e responsável por parte da Senhora dialogar sobre os problemas concretos que estamos enfrentando, ouvindo os anseios reais dos trabalhadores em educação? Seria FÁCIL resolver os problemas da escola pública mineira, se a Senhora e seu Governo fossem realmente empenhados em fazê-lo. Não tem sido o caso. Lamentável, Senhora Ana Lúcia Gazzola.
Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sindute-MG e diretor da subsede do Sindute em Uberlândia – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU – Membro da CSP-CONLUTAS.
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Realmente ela é lamentável, porém a categoria está muito machucada e sem confiança.
Parabéns por relatar de modo tão claro nossa situação! Obrigado por materializar em palavras tão sábias nossa difícil realidade.
Realmente não entendo como tantas irregularidades perduram mascarando a realidade indecente com propagandas caríssimas e hipocrisia absoluta, desvirtuando a verdadeira realidade e assalto aos direitos adquiridos. Onde está a justiça que não se manifesta e permite que governos inescrupulosos afrontem a lei e direitos e não respondam por isso? Que falta de educação com a EDUCAÇÃO mineira. Não sei como conseguem ser eleitos apesar de tanta desfaçatez. Lamentável e vergonhoso!
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Concordo com você professor. Principalmente por saber que quando eu participei da greve de 2011, o govrerno me colocou uma pessoa formada em Direito, que nem mesmo deu aulas, menos ainda fechou o diário do terceiro bimestre; por outro lado recebeu o salário. Além de eu ter que dar notas para os alunos, tive que, em janeiro de 2012, fazer o diário, uma vez que o responsável seria a Orientadora, mas com o intuito de ajudá-la, já que fazia pós no exterior. O mais humilhante para mim, é ter que sair de uma profissão da qual eu sonhava aos nove anos de idade, pois naquela época um amigo que aprendeu ler e escrever comigo, hoje é Juiz. O mais frustrante para mim é ter me preparado com tanto afinco, pois me formei em História pela Universidade Federal de Uberlândia e pós em Filosofia em Direito, hoje sou Assistente Administrativo da Prefeitura de Contagem, concursado e ganhando 690,00 líquido. Grande abraço a todos os leitores desta rica conscientização do Pro. Gilbert.
Parabéns professor,
a senhora Ana Lúcia Gazola não sabe como viver com o salário de um serviçal porque certamente ela nunca recebeu ,ela não sabe que depois de vinte anos de serviço você tem direito de três meses de férias prêmio e não posso gozá-las pois tirou-me este direito por esta de LTS .Ela não sabe que com o salário que o governo me paga tenho que pagar médico particular pois a maioria das vezes o IPSEMG nao oferece profissional melhor para este meu tratamento, um dos medicamento da receita consta 156,00 mais cinta lombar metálica foram os outros com certeza professor ela não sabe o que é isto porque ela nunca viveu.Parabens pelas lúcidas e determinantes constatações, acerca de nossa luta face a um governo e a uma secretaria que se diz da educação, mas tudo que faz é para destruição da mesma. Estamos nessa luta. Vamos mobilizar para retirar este PSDB/PSB do governo, só assim os professores e todos os demais profissionais da educação mineira poderemos voltar a acreditar que uma outra Minas é possivel. Abraços.
é uma grande decepção quando sabemos que vice – diretor é chamado no tal gabinete de sre. para receber um cala boca dizendo : ¨¨olha tome cuidado faça uma opção agora vc é membro do governo larga sindicato para lᨨ. até quando vamos tolerar isso . é facil realmente para os governantes nas cadeiras confortavéis ,rodando de um lado para o outro ,fazer ameaças . é urgente uma reação por parte dos grandes educadores desse estado.